Filme Elysium - Resenha
O filme Elysium retrata a Terra em 2154, onde a mesma está doente e debilitada, repleta de lixo e poluição, tornando-se assim um lugar nada agradável para viver. Então, os seres humanos mais ricos resolvem criar um satélite, ou melhor dizendo, um novo mundo, para continuarem suas vidas cercados de beleza e tranquilidade, deixando para trás aqueles que, por não terem capital suficiente, não mereciam viver neste paraíso. Elysium passa a ser um sobremundo onde apenas pessoas ricas e, consequentemente saudáveis, viviam. O filme abrange muitos problemas sociais que não fogem nada da nossa realidade atual, tais como a exclusão da classe mais pobre, saúde precária para essa população e certo “nojo” da classe mais alta com a baixa e tudo isso é cada vez mais gritante nos dias atuais.
Podemos então relacionar a situação da população que, no filme, vive na Terra, com os participantes dos rolezinhos, já que ambos sofrem preconceito de uma classe taxada como superior. Para as duas populações são negados muitos direitos. É como se a população da Terra, assim como os “rolezeiros”, quisessem invadir a “realidade virtual”, ou melhor dizendo, o mundo perfeito criado pelos mais favorecidos. Eles são vistos como uma ameaça e, ao invés do governo criar saídas para que a desigualdade acabe eles acionam a polícia para garantir segurança aos ricos apenas. Como acontece nos shoppings do Brasil que, quem é julgado com vestimenta e comportamento incoerente ao do ambiente é barrado e não pode frequentar aquele lugar.
De acordo com alguns autores dos textos estudados, essa "segurança" que os ricos cobram do governo e a forma que ela é aplicada é exagerada e até violenta, sendo que muitas vezes não acontece nem furto, nem arruaça, nem qualquer perigo para as pessoas ao redor. E isso pode ser observado no filme, no momento em que a policia para o protagonista com extrema violência, quando ele apenas estava indo ao trabalho.