Filme: armas germes e aço
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Assim como os animais e as plantas, as doenças também têm uma distribuição diferente pelo continente. Seja pela facilidade de disseminação, pelo clima e condições do ambiente, muitos dos agentes patológicos não são encontrados em várias regiões do mundo. Também há um fator importante de que o mesmo vírus pode sofrer mutação devido ao ambiente ou sua própria genética, e infectar uma pessoa que já havia contraído aquela doença; nesse caso, o vírus que causa a mesma doença sofreu mutações que, para aquele ambiente, eram mais favoráveis. A África é o continente com maior proporção de pessoas portadoras da anemia falciforme, e em partes isso é devido a uma “seleção natural” sofrida pelos africanos. A malária é uma doença de países tropicais e atinge muitos africanos, mas tem dificuldade para se desenvolver em organismos que sofrem de anemia falciforme, e por esse motivo, muitas pessoas com essa patologia não contraem a malária e tem menor mortalidade do que os indivíduos que tem as hemácias saudáveis. Por ser uma doença genética, a anemia falciforme é passada para as futuras gerações e acaba sendo uma “barreira” contra a malária. Nessas condições, a malária não encontra um ambiente adequado para seu desenvolvimento, e acaba não se proliferando muito em pessoas portadoras desse tipo de anemia. Sendo assim, os nativos das áreas tropicais da África eram menos vulneráveis à doença. Como os europeus que ali chegaram não tinham tal característica genética, foram mais vulneráveis e a malária acabou sendo uma das principais razões da lenta penetração dos portugueses e outros europeus no interior da África quando da época colonial. Quanto à varíola, os africanos tinham uma relação muito próxima aos gados, dormindo e se alimentando perto deles, e isso os tornou “resistentes” a varíola, uma vez que era uma patologia vinda dos gados. Já os europeus adoeciam quando eram expostos ao vírus da doença, pois seu contato com o gado não era o mesmo que o dos africanos. Dessa forma, a