Figuras de Linguagem

Aliteração Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, ao longo do poema e geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.” (Dalla, Pallotino; versão Chico Buarque, “Minha História”)

Anacoluto Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a sequência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos - que não apresentam função sintática definida - desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: “O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto.” (Carlos Drummond de Andrade) "Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas." (Alcântara Machado).

Anáfora ou Repetição Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início, meio ou fim de versos ou frases.
Exemplo: "Depois o areal extenso... Depois o oceano de pó... Depois no horizonte imenso Desertos... desertos só..." (Castro Alves).

Antítese Ocorre antítese quando há aproximação de palavras contrárias ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: "Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa). “Os jardins têm vida e morte.” (Cecília Meirelles)

Assonância Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.
Exemplo: “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.” (Caetano Veloso, em “Araçá azul”)

Catacrese A catacrese é um tipo de especial de metáfora, consiste no emprego de uma palavra fora de seu significado real; entretanto, dado seu uso contínuo, o falante não mais percebe esse sentido figurado.
Exemplos: folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de prego, mão de direção, ventre da