fichamento
São Paulo: segregação urbana e desigualdade
Flavio Villaça
O autor diz que o objetivo do texto era mostrar uma abordagem do espaço urbano como produto produzido pelo homem, e não como algo feito pela natureza.
E para isso seria necessária uma analise da desigualdade social em São Paulo.
Segundo Flávio Villaça O maior problema do país não é a pobreza, e sim a desigualdade.
Ele diz também que “a segregação é a mais importante manifestação da desigualdade que impera em nossa sociedade” nas grandes metrópoles isso é bem visto pela desigualdade e contraste entre ricos e pobres.
Para isso o autor separa seis pontos para mostrar como segregação e desigualdade estão ligadas:
“1) ... negar a forma clássica de segregação que se apresentaria sob a forma de círculos concêntricos, com os mais ricos no centro e os mais pobres na periferia.
2) ... historicizar a segregação. A falta de inserção histórica é uma das responsáveis por várias das limitações nas análises atuais sobre segregação urbana.
3) ... mostrar como se dá a relação entre a segregação e a totalidade das estruturas social e urbana. Sem isso, os estudos sobre segregação ficam incompletos e por isso inaceitáveis.
4) ... mostrar a relação entre a dominação e a segregação, esclarecendo as especificidades da dominação através do espaço urbano, ou seja, mostrar o papel do espaço urbano no processo de dominação.
5) ... abordar a segregação, não mais por bairro, mas por região geral da cidade; essa abordagem traz um enorme potencial explicativo muito maior que o da segregação por bairro, e só ela é capaz de explicar as relações aqui indicadas.
6) Finalmente, e em síntese, avançam no sentido de explicar a segregação, e não apenas no de denunciá-la, descrevê-la ou medi-la.”
Villaça diz também que as principais discussões sobre segregação não são reconhecidas como tais.
Para falar sobre segregação é preciso uma análise fria sobre periferia e grandes centros. No