Fichamento
Educação Jesuítica No Brasil Colonial
José Maria de Paiva
Os relatos históricos sobre a educação jesuítica divulgam como funcionavam e o seu desenvolvimento, mas não retratam a realidade da época, levando a lê-las com a visão do modelo atual, no entanto, naquela época nem todos tinha acesso à educação. Ao chegarem os jesuítas, estes criaram escolas com o objetivo de estabelecerem relações pessoais e a formação de novos missionários. Os alvos principais destas instituições eram os índios e a sua aderência plena na cultura portuguesa. O autor mostra que a principal preocupação do estudo era a formação de uma sociedade que nascia, houve um desvio de ensino dos índios para os filhos dos principais, eles julgavam o ensino importante para os homens da nova terra, que seriam as futuras autoridades do local, possibilitando o crescimento social. Eles não se preocupam se isto era correto, no meio de tanta diversidade cultural, pois, se baseavam na hierarquia da imposição, ou seja, um colégio jesuítico era visto como baluarte no campo de batalha cultural, cuja missão era preservar a cultura portuguesa, nem que para isso eles tivessem que esmagar as demais culturas.
O cenário retratado pelo José Maria de Paiva , mostra em quais circunstancias foram iniciadas as escolas jesuíticas. O ambiente era totalmente adverso ao que eles estavam acostumados, possuía pouco recurso e difícil locomoção além do clima de guerra entre os portugueses e os índios pela posse de terra e escravização destes. Os brasileiros não os viam com bons olhos, pois, os portugueses queriam com isso expulsar os índios e escravizá-los, criar povoados na verdade significa construir fortalezas.
Com o grande número de índios, os portugueses através da astúcia de dividi-los, colocava nação contra nação. O clima entre índios, africano e português era de constante defesa, ataque, condição e sobrevivência. Sem esquecer os ataques nos litorais pelos franceses, ingleses, holandeses.