Fichamento
2 – Referência Bibliográfica: CARR, Edward H. Que é História? Rio de Janeiro: Paz e terra, 8ª Ed., 2002. “I – O historiador e seus fatos”, p. 43-65.
3 – Texto da ficha:
Edward Hallet Carr inicia com uma pergunta a qual se intitula o nome de seu livro: “Que é história?” E para tentar responder essa pergunta menciona dois historiadores com posições diferentes. O primeiro Acton que defende a possibilidade de uma história definitiva e Sir George Clark que discorda de tal tese. (CARR, 2002, p. 43)
“Quando os ilustres professores se contradizem tão flagrantemente, o campo fica aberto para investigação.” (CARR, 2002, p. 44). Essa divergência mostra a dificuldade de definir o que é história. Possibilitando assim um espaço para investigações.
Edward Carr mostra que no século XIX, a história se tornou sinônimo de fatos, e que na época o oficio do historiador era ‘’apenas mostrar como realmente se passou’’ (Carr, 2002, p. 45). Demonstra e também crítica quanto à neutralidade de alguns historiadores. “Acton [...] Na sua carta de instruções para os colaboradores da primeira Cambridge Modern History, deixou clara a exigência de que “nosso Waterloo deve ser tal, que satisfaça franceses e ingleses, alemães e holandeses da mesma maneira.” (Carr, 2002, p. 45)
“É comum dizer-se que os fatos falam por si. Naturalmente isto não é verdade. Os fatos falam apenas quando o historiador os aborda: é ele quem decide quais os fatos que vêm à cena e em que ordem ou contexto.” (Carr, 2002, p. 47). “O historiador é necessariamente um selecionador.” (Carr, 2002, p. 48). Os fatos históricos jamais falam por si, e são sempre interpretados. E não apenas a interpretação é pessoal, mas a própria escolha dos fatos por conta do historiador que o faz.
“Os registros da história antiga e medieval são semeados de lacunas”. (Carr, 2002, p. 49). Nesse trecho ele aborda que, ao fazer história, o problema não está somente na falta de partes, mas por esses registros