Fichamento
Os filósofos naturais gregos não pretendiam dar uma explicação detalhada dos mecanismos que regem o comportamento da Natureza, e muito menos aspiravam lograr predições quantitativas de resultados experimentais. Pelo contrário, buscavam analogias dos fenômenos naturais em termos mais familiares, para o qual usavam freqüentemente o corpo do homem, as relações humanas, os conflitos sociais, etc. Assim, o magnetismo poderia ser descrito como similar a atração que determinadas pessoas são capazes de exercer sobre outras em virtude de uma simpatia natural e que nem todos possuem.
Os conceitos de atração e repulsão eram centrais na ciência pre-aristotélica, ao ser tomadas como agentes fundamentais de mudanças na Natureza.
A diferença entre materiais, sujeito as mudanças, e forças, agentes nos mesmos, já era um fato na antiga ciência grega no século V A.C.
Foram escritas quatro tipos de causas de mudanças, das quais, a causa eficiente era tomada como fonte primária de toda mudança, e representava o mais parecido ao que hoje chamamos ação ou força em um movimento.
A "Física" de Aristóteles é dedicada fundamentalmente ao estudo das causas eficientes e sua relação com o movimento. Desenvolveram-se sobre as bases de quatro princípios:
1. Negação do vácuo
A existência de espaços vazios suporia velocidade infinita, por ser esta inversamente proporcional a resistência do meio. E dentro do esquema aristotélico não resultava admissível a existência de um móvel com essa propriedade.
2. Existência de uma causa eficiente em toda mudança.
A causa eficiente se localizava na tendência generalizada ao "próprio lugar", que não é se não a tendência que todo corpo possui de ocupar o lugar que o corresponde por sua própria natureza.
Esta tendência ao "próprio lugar" foi interpretada, as vezes, como uma energia potencial introduzida de forma rudimentar; em outras, fora visto como a primeira insinuação de um modelo de ação a distância, que seria a exercida pela