Fichamento: XAVIER, Regina Célia Lima. A Conquista da liberdade. Libertos em Campinas na segunda metade do século XIX. Campinas: Ed. CMU/UNICAMP, 1996, 156 p.
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Fichamento: XAVIER, Regina Célia Lima. A Conquista da liberdade. Libertos em Campinas na segunda metade do século XIX. Campinas: Ed. CMU/UNICAMP, 1996, 156 p.- “Esta ausência relativa de pesquisa sobre os libertos e suas experiências talvez se explique pela tendência da bibliogafia de preocupar-se com os aspectos mais gerais da abolição e privilegiar o estudo das grandes estruturas econômicas e sociais deste período. No entanto, acredito que se possa efetuar outras análises históricas deste processo, até mesmo porque terminou-se por construir uma imagem quase cristalizada dele, na qual o negro aparece como uma ‘vítima’ da escravidão.” (p.13)
As fontes:
- A autora usa fontes documentais diferentes das usadas até então. Foi empreendido dois tipos de análises das fontes: um extensiva e outra pontual. “Primeiro fiz uma leitura de todas as ações de liberdade durante o período de 1870 à 1788 e dos testamentos, de 1870 à 1900.” (p.14)
- “Procurei então aprofundar a análise buscando recuperar “histórias de vida” de libertos que tivessem morado em Campinas nas décadas finais do século XIX. Tal ajuste no foco de análise levou-me a uma ampliação das fontes. Empreendi então um trabalho mais intensivo junto à documentação civil, analisando inventários, ações de cobrança de dívidas, justificações cíveis, processos de divórcio, etc. Os dados ai coletados foram cruzados com informações colhidas em documentos da municipalidade, como livros de impostos sobre o comércio e as profissões, sobre a moradia; documentos administrativos da Câmara e fontes de outra natureza como jornais, livros de memorialistas, etc.” (p.14)
- “Escravidão tampouco parece ter, para estas pessoas, um sentido unívoco, sinônimo apenas de opressão; parece adquirir muitas outras concepções, importantes inclusive na formação de uma identidade comum.” (p.16)
Uma liberdade Cativa
- Ludgero Leme Martins: em 1878 entra com um processo na justiça. “Sentia que sua liberdade estava a ‘ponto de ser