Fichamento TILLY, Charles. Coerção, capital e Estados Europeus
“Ele afirmava que tinha a ampará-lo a justiça divina. Hamurábi estava construindo o poder de sua cidade e fundando um estado; seus deuses e a visão particular de justiça dessas divindades iriam prevalecer” – Página 45
“Definamos os estados como aquelas organizações que aplicam coerção, distintas das famílias e dos grupos de parentesco e que em alguns aspectos exercem prioridade manifesta sobre todas as outras organizações dentro dos territórios. O termo abrange, portanto, as cidades-estado, os impérios, as teocracias e muitas outras formas de governo, mas exclui como tais as tribos, as linhagens, as firmas, as igrejas. Tal definição, infelizmente, é controversa; enquanto muitos estudiosos da política aplicam o termo a esse modo de organização, alguns contígua e outros restringem-no às organizações soberanas relativamente poderosas, centralizadas e diferenciadas” – Página 46
“Com base nesse modelo, os restos arqueológicos assinalam a primeira existência de estados mais ou menos em 6000 a.C., e os registros escritos ou pictóricos atestam a sua presença dois milênios antes.” – Página 46
“No entanto, mais ou menos em 2500 a.C., algumas cidades da Mesopotâmia, entre elas Ur e Lagasch, estabeleceram impérios governados por guerreiros e mantidos pela força e pelos tributos; a unificação do sul da Mesopotâmia por Hamurábi aconteceu sete séculos depois que os primeiros impérios se haviam formado na região. Desse momento em diante, a coexistência de estados extensos e cidades numerosas marcou as grandes civilizações, desde a Mesopotâmia, o Egito e a China até a Europa.” – Página 47
“Nos oito ou dez milênios depois que surgiu o primeiro casal, as cidades e os estados oscilaram entre o amor e o ódio” – Página 46
“O povo da