Fichamento sobre atenção
FICHAMENTO SOBRE ATENÇÃO E DISTÚRBIOS DO DÉFICIT DE ATENÇÃO
Atenção: reflexão sobre tipologias, desenvolvimento e seus estados patológicos sob o olhar psicopedagógico – Priscila Junko Tanaka*
Introdução
A Psicopedagogia terapêutica organiza-se em um corpo teórico especifico, trançando conhecimentos das ciências pedagógicas, psicológicas, fonoaudiológicas, neuropsicológicas e psicolingüísticas para que se compreenda melhor o fenômeno da aprendizagem humana.
O paciente com problemas de aprendizagem apresenta comportamentos de desatenção, fruto do desequilíbrio de fatores internos do sujeito, no seu organismo e corpo. No diagnóstico, o psicopedagogo tenta obter a maior quantidade possível de dados para compreender o significado, a causa e a modalidade da perturbação, que em cada caso motiva a demanda do trabalho terapêutico (PAÍN, 1992; SCOZ, 1987).
Para Vygotsky (OLIVEIRA, 2003), a atenção é uma das funções psicológicas superiores, tipicamente humanas. Funciona inicialmente através de mecanismos neurológicos inatos e involuntários.
A atenção responde a estímulos externos. A memória e o aparelho sensorial estão relacionados ao aspecto perceptivo, para o homem. Por exemplo, quando o estímulo de um som ou clarão muito forte nos faz voltar o olhar para sua direção. Voltar o olhar é uma reação que identifica nosso foco de atenção.
O ser humano tem mecanismos de atenção involuntária. Ainda bebê, estímulos como barulhos mais altos, movimentos de objetos, mudanças no ambiente, um vento forte, uma luz mais intensa, muitas vozes, chamam-lhe atenção de modo involuntário. Esse tipo de atenção permanece conosco, mesmo no nosso desenvolvimento (OLIVEIRA, 2003).
Segundo Luria (1979), a atenção tem caráter seletivo consciente e exige memória. A atenção seletiva é o que seleciona estímulos e objetos específicos, determinando uma orientação atencional focal.
A relevância dos objetos da atenção voluntária está relacionada à atividade