Fichamento Ltima Parte
“Confinando com a Cornualha e o país de Gales, o pequeno reino de Wessex resistia então, conforme podia, à investida dos Dinamarqueses 33. Para isso, o seu monarca esforçava-se por reforçar a estrutura cultural do país.” Pág 109
“O livro II, capítulo 17, do De consolatione, trata da natureza é do valor do poder temporal 35. Boécio imagina um diálogo com a “razão”. Consegue convencer a sua interlocutora de que não tem ambições, de que apenas se preocupa com administrar o melhor possível o domínio que lhe está confiado. Para isso reclama utensilhagem e material. Neste ponto preciso, os tradutores julgaram dever inserir um breve comentário: nenhum homem, com efeito – dizem eles –, pode exercer um mister, utilizar a sua habilidade (o jogo recai na palavra craft), reger um Estado sem utensílios nem material. Ao soberano, portanto, convém “ter uma terra bem povoada; deve ter homens de oração, homens de guerra e homens de trabalho” (sceol habban gebedmen and fyrdmen and weorcmen): tais são os utensílios (tolan); quanto ao material (ondweorc), “ele deve possuir utensílios para os três suportes da comunidade (geferscipum biwiste), deve ter terras, distribuir armas, alimentos e vestuários; “sem isso não poderá ter os utensílios, e sem os utensílios não pode fazer nenhuma das coisas que está encarregado de fazer”. Pág 110
” Quando Alfredo e os amigos inscrevem o tema trinfuncional nas margens do texto de Boécio, Deus submete o Wessex a rudes atribulações. O monarca tem de esforçar-se para conjurar esse perigo mortal. Consegui-lo-á por duas formas: pelas armas e pela lei.” Pág 110
“...quando o rei Alfredo evoca, sucessivamente, os homens de oração, os homens de guerra e os homens de trabalho, não enumera classes distintas, compartimentos nitidamente estanques, entre os quais se dividiriam os homens livres, segundo a missão a que se consagravam exclusivamente na Inglaterra, a maior parte destes – os historiadores assim nos convenceram –, na passagem do século IX