Fichamento Introdu o Copia
Introdução O (Pré) Conceito De Idade Média
Falarmos em Idade Antiga ou Média representa uma rotulação a posteriori, uma satisfação da necessidade de se dar nome aos momentos passados, foi o século XVI que elaborou tal conceito, um desprezo não disfarçado em relação aos séculos localizados entre a Antiguidade Clássica e o próprio século XVI.
A Idade Média Para Os Renascentistas E Iluministas
O italiano Francesco Petrarca já se referira ao período anterior como de tenebrae: nascia o mito historiográfico da Idade das Trevas. A arte medieval, por fugir aos padrões clássicos, também era vista como grosseira daí o grande pintor Rafael Sanzio chamá-la de gótico, termo então sinônimo de bárbara. (p.11)
O sentido básico mantinha-se renascentista: a Idade Média teria sido uma interrupção no progresso humano, inaugurado pelos gregos e romanos e retomado pelos homens do século XVI. Ou seja, também para o século XVII os tempos medievais teriam sido de barbárie, ignorância e superstição. Os protestantes criticavam como época de supremacia da Igreja Católica. Os homens ligados as poderosas monarquias absolutistas lamentavam aquele período de reis fracos, de fragmentação política. Os Burgueses capitalistas desprezavam séculos de limitada atividade comerciais. Os intelectuais racionalistas deploravam a cultura ligada a valores espirituais.
O século XVIII, antiaristocrático e anticlerical, acentuaram o menosprezo à Idade Média, vista como momento áureo da nobreza e do clero. A filosofia da época, chamada de iluminista por se guiar pela luz da Razão, censurava, sobretudo a forte religiosidade medieval, o pouco apego da Idade Média a um estrito racionalismo e o peso político de que a Igreja então desfrutara.
A Idade Média Para Os Românticos
O Romantismo da primeira metade do século XIX inverteu, contudo, o preconceito em relação à Idade Média. O ponto de partida foi à