Fichamento do texto "O que é ser universitário?"

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Manual de sobrevivência universitária. Campinas: Papirus, 2004. P.13-28.
“[...] passei no vestibular. Eu acabara de completar 18 anos e tornara-me universitário. Havia algo de especial naqueles dois fatos: sentia-me adulto, maduro. [...] o fato de eu não precisar mais usar fardas colegiais: eu tinha o direito de escolher minhas roupas” (p.13).
“Mas havia uma razão mais concreta, séria e de natureza política. O Brasil ainda se encontrava sob as rédeas ditatoriais do governo militar e as universidades simbolizavam a resistência e o protesto contra a falta de liberdade de expressão, [...], ser universitário, portanto, significava, naquele contexto, posicionar-se ideologicamente” (p.13).
“[...] naquela turbilhão político que eram os anos 1980, ser universitário era participar de um debate ideológico, bastante apaixonado” (p.14).
“[...] ser universitário sempre envolve questões ideológicas, mas com tipos diferentes de energia e de envolvimento emocional em cada época histórica. [...], os valores mudam, as bandeiras se modificam, as formas de dominação ficam mais sofisticadas, sutis e silenciosas” (p.14).
“Ser universitário também é usar a universidade como fórum de discussões acerca da sociedade em que estamos inseridos” (p.14).
“Ser universitário e ser autônomo. [...], ou você trabalha ativamente, no sentido de construir seus conhecimentos, ou senta e espera um milagre acontecer” (p.15).
“Na visão bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que julgam sábios aos que julgam nada saber” (p.16).
“O universitário autônomo não se insere na concepção “bancária” da educação e, em consequência, não adota o discurso vitimista que se ouve de alguns estudantes passivos: “Não aprendi nada porque aquele professor não ensinou nada” (p.16).
“Ao jogar a culpa no professor, o estudante acredita que se exime de suas responsabilidades. É realmente uma postura bastante cômoda, mas também passiva e inútil” (p.16).
“[...] se o estudante não