Fichamento do texto “Codificação/Decodificação” de Stuart Hall
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- A pesquisa em comunicação de massa tem concebido o processo comunicativo em termos de um circuito. Esse modelo tem sido criticado pela sua linearidade — emissor/mensagem/receptor; por sua concentração em troca de mensagens; e pela ausência de uma concepção estruturada dos diferentes momentos enquanto estrutura de relações.
- Este termo também pode ser pensado como uma estrutura produzida e sustentada através da articulação de momentos distintos, mas interligados — produção, circulação, distribuição/consumo, reprodução. Ou seja, pensar o processo como uma estrutura sustentada através de articulações conectadas, onde cada qual mantém sua distinção e sua modalidade específica (suas próprias formas de existência).
- Esta segunda abordagem tem a vantagem de destacar a forma na qual um contínuo circuito — produção-distribuição-produção — pode ser sustentado através de uma "passagem de formas".
- O "objeto" destas práticas é composto por significados e mensagens sob a forma de signos-veículo pela operação de códigos dentro da corrente sintagmática de um discurso.
Página 388 - Os aparatos, relações e práticas de produção, aparecem sob a forma de veículos simbólicos constituídos dentro das regras de “linguagem”. E assim ocorre a circulação do “produto”.
- O processo requer instrumentos materiais (meios) e um conjunto próprio de relações sociais (produção). Mas é sob a forma de discursiva que a circulação do produto se realiza, assim como sua distribuição para diferentes audiências.
- Depois de concluído o discurso deve ser traduzido em práticas sociais, para que o circuito se complete e produza efeitos. Se nenhum sentindo é apreendido, não pode haver consumo.
- Deve-se reconhecer que a forma discursiva da mensagem tem uma posição privilegiada na troca comunicativa e que os momentos de “codificação” e “decodificação” são