FICHAMENTO DO LIVRO “A CIVILIZAÇÃO DO RENASCIMENTO” DE JEAN DELUMEAU
Após a queda de Constantinopla, “os príncipes da Europa, divididos, não eram capazes de organizar uma contra-ofensiva comum contra os Turcos” (pag. 49)
Com a Europa desunida, a aspiração e o vislumbre de um novo mundo fora de seu território fica cada vez mais latente nos europeus. “Na verdade os Ocidentais de há muito que aspiravam já a sair dos seus territórios” (pág. 49)
Antes das grandes expedições do século XV, “outras viagens revelam o espírito empreendedor dos Europeus” (pág. 50) como, por exemplo, a viagem dos Irmãos Vivaldi em 1291, como tentativa de ir para Índia, e de LanzarottoMalocello, que conseguiu chegar às Canárias no começo do século XIV.
“O gosto do desconhecido e do mistério não podia deixar de atrair para fora da Europa os temperamentos aventureiros. Todo um conjunto de mitos e de fábulas reforçou nos mais audazes Ocidentais o duplo desejo de enriquecer e alargar o domínio da Igreja de Cristo. Narrativas fantásticas, principalmente relacionadas com o Oriente, ocuparam durante toda a Idade Média a imaginação dos Europeus. Muitas delas vinham da Antiguidade – uma colecção de lendas e de espantosas descrições de animais estranhos e de homens monstruosos, largamente explorada por enciclopedistas e cronistas medievais.” (pág. 50)
“O Oceano Índico e as suas costas foram, pois, nas representações mentais dos Ocidentais da Idade Média, (J. Le Goff)” (pág. 51)
Focando no Renascimento, o autor afirma que “o conhecimento dos trabalhos e das concepções geográficas dos Gregos também favoreceu as grandes viagens marítimas (...)” (pág. 53). Sobre a retomada das ideias da Idade Antiga pela Idade Moderna no Renascimento, o autor infere que “em muitos domínios, o regresso ao passado provocou um enorme salto para diante” (pág. 53)
Os aperfeiçoamentos técnicos que possibilitaram as grandes expedições foram realizados “na altura em que a Europa sofria de uma crescente necessidade de ouro,