fichamento do livro Jogos Infantis Tizuko Mochida

A obra traz a universalidade de temas e valores presentes em diversos jogos infantis e que são comuns a diversas culturas, a autora apresenta três justificativas para essa raiz comum dos jogos e brincadeiras nos diferentes países, a saber:
Os jogos originam-se nas humanidades primitivas e são perpetuadas através das migrações dessas populações;
Na história passada havia contato direto entre as diversas civilizações, transmitindo umas para as outras diversos contos;
Há muitas semelhanças entre a mentalidade de muitos povos primitivos o que sugere que as histórias podem ter sido inventadas ao mesmo tempo com independência uma das outras.
A autora deixa claro que sua intenção não é de esmiuçar essas hipóteses tampouco dissertar sobre a origem dos jogos tradicionais presentes no Brasil, mas sim de resgatar alguns jogos que fazem parte da tradição infantil do engenho de açúcar e das tribos indígenas, detectando a representação de infância presente nessas culturas e o papel desempenhado pelos jogos infantis.
A maioria dos jogos tradicionais aglutinados à lúdica brasileira foi trazida pelos portugueses com uma carga cultural da tradição europeia de tempos remotos, podemos citar como alguns jogos oriundos de Portugal: o peão, as brincadeiras com “bruxas”, os “bichos-papões”, o Fiorito, amarelinha, bolinha de gude. No Brasil esses jogos receberam influencias como dos negros e índios, o que resultou na aglutinação de novos elementos a esses jogos. Os negros trouxeram sua contribuição aos jogos presentes no Brasil principalmente pela oralidade, a mãe- preta, transmitia a seus filhos contos, lendas e mitos da cultura africana, tais elementos provavelmente ainda continuam presentes na lúdica infantil. Brinquedos produzidos a mão, como a espingarda de talo bandeira, por exemplo, tem suas raízes na cultura afro. Porém a autora salienta que identificar os registros de origem africana no Brasil é uma tarefa complexa.
Nos engenhos de açúcar havia duas representações a