Fichamento de resumo (de conteúdo) do capítulo III: Teoria e Prática Científica (Antônio Joaquim Severino)
O autor estabelece em sua obra os conceitos relacionados à ciência, além de salientar as técnicas relacionadas ao método científico que, dividido entre fase indutiva e fase dedutiva, parte da observação dos fatos e, formulado um problema, elabora uma hipótese. Caso a verificação experimental confirme o fato, é constituída uma lei que, por conseguinte, formula uma teoria. A ciência entra na modernidade como substituta da metafísica tornando-se, para os modernos, a única forma de pensamento válida. Nas Ciências Naturais, o paradigma teórico-metodológico é único, representado pelo positivismo. Já nas Ciências Humanas, há um pluralismo paradigmático, ou seja, existem inúmeras possibilidades de se explicar o homem. O positivismo, elaborado por Augusto Comte, afirmava que o mundo era aquilo que poderia ser visto fenomenalmente, que esses fenômenos seriam padronizados, regidos por leis, estando livres interferências qualitativas. A ciência seria o único meio pelo qual o indivíduo poderia explicar e manejar os fenômenos naturais. Seguido o pensamento positivista, o homem era um ser natural, portanto, era regido pelas mesmas leis que comandavam os fenômenos naturais. Seguindo esse raciocínio, Comte elaborou a física social, que objetivava enquadrar os fenômenos sociais nos métodos científicos. Contudo, após o desenvolvimento dos estudos relacionados aos inúmeros aspectos da fenomenalidade humana, os estudiosos chegaram à conclusão de que os aspectos da natureza humana são múltiplos, peculiares e complexos, não podendo ser enquadrados em um único paradigma. Assim, com influência positivista, as Ciências Humanas seguiram a referência funcionalista (deveriam identificar as relações funcionais articuladas nas relações humanas) e estruturalista (“todo sistema constitui um jogo de oposições, de presenças e ausências, formando uma estrutura,