Fichamento de: CHAGAS, M. Cadernos de Sociomuseologia nº 13 (1999): Há uma gota de sangue em cada museu : a ótica museológica de Mário de Andrade.
3567 palavras
15 páginas
CHAGAS, M. Cadernos de Sociomuseologia nº 13 (1999): Há uma gota de sangue em cada museu : a ótica museológica de Mário de Andrade.Disponível em: http://recil.grupolusofona.pt/handle/10437/723
INTRODUÇÃO:
Vulcão ou pororoca? Tanto faz!
- OBJETIVO do autor: perceber na obra de Mário de Andrade pontos de contato e áreas de relação com o saber e o fazer museológicos para compreender de que forma determinados intelectuais que vieram de áreas de conhecimento distintas da museologia pensam e operacionalizam no campo dos museus e museologia.
- Dentre vários intelectuais, por que M. A..? > obra museológica pouco conhecida; ele tinha interesse nas questões da preservação e herança cultural; o movimento modernista foi matriz de um pensamento de relevada significação para a compreensão de determinadas questões culturais da atualidade; estava politicamente isolado; ele viveu num período de grandes guerras (objetivas e subjetivas).
- Durante Primeira Guerra Mundial, em 1917, M. A. publica seu primeiro livro: Há uma gota de sangue em cada poema. “A gota de sangue é também gota de humanidade” (p. 14)
- Temporalidade do estudo: 1917 (estreia de M. A.) a 1945 (morte).
PARTE I
1. HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA MUSEU: preparando o terreno.
- Paráfrase do “há uma gota de sangue em cada poema” de M. A.: reconhecimento de que há veia poética (Sola, 1989:49)
- Por que SANGUE: sinal de historicidade, de condicionamento espaço-temporal >> admitindo o SANGUE no MUSEU = aceitar o museu como CONFLITO, como campo de tradição e contradição -> Apresenta um DISCURSO SOBRE A REALIDADE COMPOSTO DE CONTRADIÇÕES (som e silencio, lembrança e esquecimento).
- MUSEU COMO ARENA, CAMPO DE LUTA: Diferente da ideia de que é um espaço neutro de celebração da memória.
- MUSEU: marcado pelos “germes” da CONTRADIÇÃO E DO JOGO DIALÉTICO.
- MUSEU (vocábulo) origem na Grécia, TEMPLO DAS MUSAS (principal do Instituto Pitagórico, localizado em Crotona (Século VI a.C.). [Musas: Zeus (o poder e a vontade) e