Fichamento cap. 1 do livro Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente – SAID, Edward (Cap. I. 61-114)
(Cap. I. 61-114) No capítulo I do livro Edward Said diz que o orientalismo é um “discurso”, e esse discurso é antes de tudo uma contribuição europeia, e não um simples estudo do oriente. Segundo ele quem estuda o oriente é o orientalista, e para tal qualquer pessoa que estude, ou dê aulas, pesquise sobre o oriente mesmo sendo antropóloga, socióloga, historiadora ou qualquer outro tipo de pesquisador é orientalista, e aquilo que ele faz é orientalismo. Segundo a lógica da Geografia Imaginativa o oriente é retratado pelo pesquisador é basicamente literário, e cria um novo oriente que se sobrepõe ao oriente original, porque na tentativa de retrata-lo ele é sempre tido como inferior necessitado de desenvolvimento. Dentro desse olhar imaginativo e textual, eles passam a tratar o oriente como se fosse um palco de uma peça teatral, e ai, ele passa a falar da religião do Islã e de como a definiram como “apenas uma versão mal orientada do cristianismo” que era a religião do ocidente, e Maomé que era o líder da religião islâmica como apenas mais uma peça do palco orientalista, pois ele assim como os outros orientais eram tidos pelos ocidentais como impostores, que mesmo tendo aspectos semelhantes aos ocidentais não eram como eles. Por fim o autor diz que os ocidentais vacilam entre o desprezo pelas familiaridades que eles tem com os orientais e entre o prazer ou temor que eles tem pela novidade que é o oriente. E na busca de tentar definir o orientalismo ele o coloca como sendo uma forma de paranoia, um conhecimento de um tipo diferente do conhecimento histórico comum.