Fichamento: Britto, Luiz Percival Leme, 1957. Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação – Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003 – (Coleção ideias sobre Linguagem) p.99 à 115

1983 palavras 8 páginas
Britto, Luiz Percival Leme, 1957. Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação – Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003 – (Coleção ideias sobre Linguagem) p.99 à 115
Acadêmica: Natasha Antunes Soares
RESUMO:
O autor Luiz Percival no livro “Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação”, debate em torno da leitura, campanhas educativas e de promoção da leitura.
No livro, o autor explica, que a leitura não existe fora do contexto histórico, e que ela é uma “ação intelectual, através da qual os sujeitos, em função de sua experiência, conhecimentos e valores prévios, processam informação codificada em textos escritos.”(p.100)
Percival relata que na maioria das vezes, as campanhas em torno do ato de ler e de estratégias pedagógicas, acabam se transformando em frases de efeitos e adágios populares que são apenas de senso comum, sem ter necessariamente que ser seguidos. O autor cita os mais populares como: “cada leitor tem sua interpretação”, “o sujeito que lê é criativo, descobrindo novos caminhos e novas oportunidades”, “uma sociedade leitora é uma sociedade solidária”, “a leitura é fonte inesgotável de prazer”, “quem lê viaja por mundos maravilhosos”.
No livro, o autor relata também, que a perpetuação desses mitos, se dá por duas razões, mascaramento da dimensão política da leitura e consideração do ato de ler em si (decodificação), desconsiderando que textos são discursos (narrativas-reconstruções das ações vividas e experiências realizadas) que representam o mundo e a sociedade.
Segundo ele, promover a literatura e a leitura como ato político e não apostólico, no qual todos têm direito de ter acesso à informação e a cultura escrita, é dar condições ao sujeito de criticar a própria sociedade da qual participa, bem como de si mesmo.

“A leitura, contudo, não existe fora da história.” (p.100)
“Ela é uma ação intelectiva através da qual os sujeitos, em função de sua experiência, conhecimentos e valores prévios, processam informação

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