FIchamento! BH - Camelôs e a construção de shoppings populares
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Os trabalhadores do setor informal na capital mineira são classificados em quatro categorias de acordo com LEMOS (2003): camelôs, toreros, ambulantes e guerreiros. Os camelôs são caracterizados como comerciantes informais com garantias legais para o exercício de suas atividades, oficializados pelo Departamento de Controle Urbano, por meio de processos de licitação. Os toreros atuam nas ruas com uma licença provisória, em áreas alternativas, chamadas de mini-feiras, criadas pela PBH. Os ambulantes e guerreiros são vistos como uma subcategoria devido à sua alta rotatividade. Os ambulantes trabalham em bancas improvisadas e comercializam geralmente um ou dois produtos em pequena quantidade. Os guerreiros não possuem bancas, mas ocupam ruas de maior movimentação e comercializam produtos sazonais. A partir 2002 a Prefeitura de Belo Horizonte, em parceira com a iniciativa privada, iniciou o desenvolvimento de vários projetos voltados à requalificação social, cultural, urbana e ambiental do centro da capital. De acordo com dados históricos, o poder público tentou controlar o trânsito comercial dos camelôs, desde o início da construção da cidade. somente na década de 1990 é que esses trabalhadores conseguiram seu credenciamento junto aos órgãos públicos e um ponto fixo para trabalhar, além de um alvará conferindo-lhes direitos e deveres no exercício da profissão (lei nº 3.841). De trabalhadores avulsos sem garantias legais, considerados “infratores”, para muitos, passaram a ter o estatuto de cidadãos.
As políticas de revitalização apropriam culturalmente as imagens das cidades com o objetivo de dar novos sentidos ao passado e possuem um caráter segregador e higienizador, mas, por outro lado, segundo LEITE (2002 e 2004),