Fichamento: AS REGRAS DO NAMORO À ANTIGA, de Thales de Azevedo

1658 palavras 7 páginas
AS REGRAS DO NAMORO À ANTIGA, de Thales de Azevedo
Capítulo II: UM SISTEMA DE NORMAS E REGRAS: A virgem, a solteirona, a moça perdida. Requisitos para o casamento.
Fichamento literal.

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“[...] O namoro não é um fim em si mesmo, muito menos um passatempo ou gozo de satisfações imediatas de afetividade [...]. O namoro é ao mesmo tempo uma etapa preparatória para o noivado e, por último, para o casamento, uma fase de estudo e descoberta mútua e uma escola para a união conjugal (ADAMS, 1971, p. 30; BAGGIO, 1972, passim)”. – p. 46 e 47
“O namoro: a) ensaia e por vezes enceta um parentesco afetivo transitório que pode firmar-se definitivamente pelo noivado; b) essa associação já inclui certos direitos ou expectativas de direitos e deveres entre os participantes e uma hierarquia de posições de dominação que c) antecipa em esboço e em caráter experimental os papeis e posições de marido e mulher; d) finalmente, estabelece laços mais amplos de família, também probatórios e dos quais vai depender em parte o sucesso da futura união conjugal”. – p. 47
“Uma das normas do namoro tem a ver com a identidade dos participantes da díade e com a legitimidade da sua associação. Os namorados devem estar na faixa de idade em que possam ‘pensar em casamento’, nem muito antes, ainda na adolescência, nem muito depois”. – p. 49
“Durante o século XIX em duas paróquias da Cidade do Salvador, nas quais, por exceção, os vigários registravam as idades dos nubentes, a maior incidência de matrimônios situava-se entre 20 e 29 anos; menos frequentes, abaixo dos 20 e raros antes dos 15 [...]. Na sociedade brasileira de então, a mulher que não se casava até os 25 anos ou quando muito até os 30, e até antes na opinião de alguns, era destinada a depender do teto de uma irmã ou irmão casado, a cuja família se agregava porque a sua condição e ocupação eram no lar, cosendo, fazendo doces, bordando, lendo”. – p. 50
“A solteirona vem a ser aquela que, por não achar casamento, assume o papel de ‘tia’

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