FICHAMENTO: ANÁLISE DO DISCURSO OFICIAL SOBRE A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR SUELY F. DESLANDES
634 palavras
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FICHAMENTO:ANÁLISE DO DISCURSO OFICIAL SOBRE A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
SUELY F. DESLANDES
O principal objetivo do texto é revisar e analisar, à luz de autores da saúde e das ciências sociais, os discursos oficiais emitidos pelo Ministério da Saúde acerca da humanização, visto que esse conceito é muito utilizado pelos profissionais da saúde, mas não é claramente definido.
O conceito de humanização passou a ser legítimo quando o Ministério da Saúde lançou em 2000 o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). Em dezembro de 2000, ela foi incluída nas pautas da 11ª Conferência Nacional de Saúde. O objetivo do PNHAH é construir um novo modo de atendimento em saúde através da melhora na relação entre profissionais, entre profissionais e usuários do serviço e entre hospital e comunidade.
No momento, o PNHAH foi substituído por uma política de assistência transversal intitulada provisoriamente de Humaniza SUS. Apesar da existência do Humaniza SUS, o conceito de humanização é pouco definido, o que faz dessa política mais uma diretriz de trabalho do que exatamente um aporte teórico-prático.
Ao analisar os discursos oficiais, a autora encontrou várias definições de humanização. A partir de um documento oficial em que foi feito um questionário de satisfação, chegou-se à conclusão que a humanizar é opor-se à violência, seja ela física ou psicológica. No cotidiano, essa violência aparece como a negação dos direitos do usuário e como o não reconhecimento das necessidades emocionais e culturais dos pacientes.
O segundo eixo discursivo aponta para a humanização como a capacidade de oferecer atendimento de qualidade, destacando a importância da boa articulação entre as tecnologias e relacionamento entre os sujeitos. Atenta-se para o fato de que, muitas vezes, existe a tecnologia de ponta, mas há a desumanização do atendimento. Outras vezes, há o cuidado e atenção para com o usuário, mas faltam equipamentos para viabilizar os