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Fichamento:
GALVAO, Walnice. Os Sertões. In: MOTA, Lourenço D. Introdução ao Brasil: Um branquete nos Tropicos. São Paulo, SENAC, São Paulo, 2001.

Durante o fim da Monarquia, Euclides se engajou em vários protestos e manifestações republicanas, levando-o a se desligar da carreira militar, em dezembro de 1888, sob o pretexto de incapacidade física. Já afastado do exército, , estreando na imprensa diária com artigos de propaganda republicana e críticas ao imperador e à família real. Proclamada a República, retorna ao exército com o apoio de colegas e do próprio Benjamin Constant, agora ministro da Guerra. Matriculou-se, no início de 1890, na Escola Superior de Guerra , concluindo o curso em 1892, no posto de tenente, sua última patente na carreira militar.
A priori um militante republicano, a posteriori, um desiludido com o novo regime. Não demoraria muito para o escritor dirigir inúmeras críticas ao governo do recém-empossado presidente Marechal Deodor, não poupando nem mesmo seu tutor, Benjamim Constant, que nomeava parentes para cargos públicos. Descontente com a carreira limitar, pediu licença do exército em 1895. Mudou-se para o Estado de São Paulo, onde trabalhou como engenheiro na Superintendência de Obras Públicas, até 1903. É nesse conturbado período que se desenrolou a famigerada Guerra de Canudo, em que Euclides acompanhou pessoalmente, sendo testemunha ocular do massacre das tropas legalistas aos canudenses. Participou de algumas expedições como correspondente de O Estado de S. Paulo, e fez anotações com o seu caderninho de campo. Após observar a brava resistência dos habitantes do arraial e, num segundo momento, as atrocidades do jovem governo da República, lançou, tempos depois, a obra Os Sertões.
Desde a sua publicação, em 1902, muito se escreveu sobre esse livro. Nessas críticas se observam tanto divergências em relação ao ponto de vista euclidiano, no que diz respeito à forma como é concebida a realidade sertaneja, quanto convergências, uma

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