Ficha de leitura fédon
O presente trabalho tem como finalidade fazer uma breve analise do dialogo platônico onde ele defende a teoria da imortalidade da alma. Usarei como fonte pesquisa o diálogo Fédon, onde ele faz sua defesa através da figura de Sócrates. A questão da imortalidade da alma é de fundamental importância na obra de Platão pelo fato de que somente a partir dessa possibilidade é que também ele consegue afirmar a possibilidade da existência do Mundo das Idéias, que sendo um mundo perfeito, seria a morada inicial das almas. Podemos dizer que Platão é categórico ao afirmar que o corpo ou tudo aquilo que é físico se caracteriza para o homem um impedimento para se conseguir a verdadeira felicidade, que é caracterizada pela felicidade da alma e não do corpo, todo prazer ou felicidade proporcionada pelos sentidos para ele não pode ser considerada verdadeira pelo fato de somente ser possível conquistá-la ao se ter em vista um prazer que não é em si mesmo, ou pra ser mais específico, um prazer que só é possível conquistar através daquela atividade que se utiliza de outros meios para a conquista do prazer.
Dessa forma a verdadeira felicidade deve ser a felicidade da alma, porém a alma estando presa ao corpo, que é físico, não teria essa possibilidade de conquistar a verdadeira felicidade. O corpo aparece como um impedimento para a conquista da verdadeira felicidade, a felicidade adquirida pela contemplação e que só é possível através da libertação da alma das necessidades físicas que ela possui enquanto presa ao corpo.
Porém o corpo, sendo físico, tende há um dia ter um fim, que é a sua morte. Assim a dúvida para os filósofos antigos era a questão de se saber se alma era também mortal, como o corpo, ou se ela tinha propriedades diferentes que poderiam garantir sua imortalidade, sobrevivendo de alguma forma após a morte física do corpo. O que levou Platão a desenvolver sua teoria fundamentando-a pela existência de dois mundos, um que seria das coisas