FHC Ajuste e Reforma Monetaria VERS O IMPRESS O

UBERLÂNDIA-2014
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos de 1980 e 1990 o Brasil viveu longos períodos de alta inflação. A década de 1980, que ficou conhecida como a década perdida, teve como características principais um baixo crescimento econômico associado a uma crescente taxa de inflação. Para além da crise na economia, o âmbito político também era instável, de modo que, essa combinação gerava um descrédito na esfera internacional. O melhor exemplo de instabilidade política e econômica foi sob o governo do ex-Presidente Collor, cuja renúncia foi provocada após o impeachment. A partir da metade final dos anos 1980, foram iniciadas variadas tentativas de contenção da inflação, dentre essas tentativas estão variados planos econômicos. A ressaltar o Plano Cruzado, em 1986 em seguida o Plano Bresser em 1987, Plano Verão em 1988, Plano Collor I em 1990 e Plano Collor II em 1991. O plano real, surgiu então, como uma proposta bem sucedida de estabilização econômica, implementado pelo governo Itamar Franco em fins de 1993, chamado inicialmente de "Plano FHC".
O Plano se diferencia de seus predecessores em variadas formas visto que sua construção foi, em grande proporção, efetivada a partir de erros e acertos de outros planos. Porém, mesmo com suas diferenças, seu pressuposto era a existência de uma inflação de caráter inercial. No entanto, o Plano visava não cometer os erros dos planos anteriores, e manteve-se atento aos choques inflacionários e aos desequilíbrios existentes na economia, em especial a defesa da existencia de um déficit em contas públicas que será o diagnosticado como o principal causador da inflação. Ainda vale ressaltar o caráter gradualista que o plano possuía, e que Castro (2010) divide em três fases, a saber: ajuste fiscal, desindexação e âncora nominal. Além disso, o contexto para a equipe do real era totalmente diferente, visto a existência de reservas que, em parte, possibilitou o sucesso do plano. Foi em um cenário de inflação extremamente alta