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LUTAS POLÍTICASCharles Burke Elbrick (Louisville, 25 de março de 1908 — Washington, 12 de abril de 1983) foi um diplomata norte-americano e embaixador dos Estados Unidos no Brasil entre 1969 e 1970, na época do regime militar iniciado em 1964.
Em setembro de 1969, no período conhecido como anos de chumbo no Brasil, Elbrick foi sequestrado por membros das organizações de extrema-esquerda Dissidência Comunista da Guanabara - com o nome de MR-8, em homenagem a um grupo guerrilheiro niteroiense homônimo, cuja erradicação pela repressão militar fora anunciada como um grande triunfo na imprensa, poucos meses antes - e Ação Libertadora Nacional, que participavam da luta armada no país. Este episódio é narrado no livro O Que É Isso, Companheiro?, de Fernando Gabeira.
Franklin Martins, militante estudantil da Dissidência, foi o idealizador, juntamente com Cid Benjamin, do sequestro. Inicialmente, Franklin pensava numa ação armada para tirar da cadeia o líder estudantil Vladimir Palmeira, principal articulador político das manifestações contra a ditadura em 1968 na Guanabara. Por acaso, Franklin descobriu que o trajeto que Elbrick fazia de sua casa para a embaixada diariamente era rigorosamente o mesmo, e percebeu que seria bem mais fácil tomá-lo como refém para exigir a libertação de Vladimir. Com a idéia de Franklin e Cid, a organização clandestina solicitou ajuda logística e militar à Ação Libertadora Nacional, em São Paulo, que enviou um de seus líderes, Toledo (Joaquim Câmara Ferreira), e um guerrilheiro operário de origem humilde, Jonas (Virgílio Gomes da Silva), integrante dos Grupos Táticos Armados (GTA) da ALN, escolhido para comandar a ação de sequestro.
O sequestro de Elbrick, comandado por Jonas, se deu no dia 4 de setembro, durou vinte minutos e não fez feridos, salvo uma coronhada na testa do próprio Elbrick, que tentou fugir dos guerrilheiros armados. A ação aconteceu às 14h30, na rua Marques, bairro do Humaitá, Rio de Janeiro (então Estado da Guanabara),