Festas populares e a Comunicação, Cultura e Arte
¹Aline Kimi/ Jessica Batista/ Ana Paula Pitanga
No Brasil, as festas populares já são comumente relacionadas à tradição, às celebrações culturais e a perpetuação de costumes. Muitas vezes de cunho religioso e folclórico, essas festas possibilitam uma integração em sociedade onde a partilha se baseia no possuir algo em comum.
Comemorações populares como as de Santo Antônio, São João e São Pedro, vêm enfrentando várias dificuldades, considerando os intensos processos de aculturação; mas se mantém, sendo símbolos de uma reafirmação da cultura. Antes da invenção dos grandes meios de comunicação, as festas eram consideradas as mais importantes atividades públicas, em que os seus participantes tinham aí a oportunidade de afirmar coletivamente as suas identidades quanto sociedade.
Seu papel ativo na construção da cultura humana põe em exercício o caráter cumulativo e dinâmico do “ser cidadão” ao incorporar novos valores aos tradicionais. Toda a produção artística das festas está vinculada às percepções, emoções e ideais partilhados numa comunidade. A arte presente nos festejos é utilizada como um instrumento para “esculpir” e representar o tema comemorado, e ao mesmo tempo, espelhar em obras a própria comunidade com a temática da festa.
Recentemente, no dia 02 de Fevereiro, foi comemorado o Dia de Iemanjá, a rainha das águas. Divindade africana nas religiões Candomblé e Umbanda, Iemanjá tem seus festejos comemorado em dias diferentes pelos estados do Brasil. A sua festa principal é comemorada em Salvador, onde milhares de pessoas, movidas pela fé, se vestem de branco e oferecem presentes à “mãe dos peixes”.
Festas populares além de promoverem os mais diversos níveis de comunicação são também um desses níveis. Elas passam uma determinada mensagem. Comunicam valores e os perpetuam. Integram a sociedade; e se utilizam da cultura e da arte para atuar neste papel.
A importância cultural, histórica e social dessas festas é