FESTA JUNINA E SEUS SIMBOLISMOS
1 - Introdução
O mês de junho é o mês das festas juninas. De norte a sul do país, as festas juninas se espalham pelas casas, escolas, clubes e empresas, enfeitando praças, locais de trabalho e salas de aulas com as coloridas bandeirinhas e seu formato inconfundível. As mesas se enchem de fartura com sabor da roça através dos pratos típicos da época, como bolo de fubá, pipoca, cuscuz, pé-de-moleque e o famoso quentão. Escolas e grupos folclóricos se organizam para preparar as apresentações das quadrilhas ao som da sanfona e das marchas juninas típicas.
Nosso trabalho tem como objetivo apresentar sobre as festas juninas e seus simbolismos, e ao longo da apresentação vamos ver que essa festa popular, feita pelo povo e para o povo, chegou ao Brasil com a aristocracia portuguesa, e foi usada pela Igreja para disseminar suas crenças religiosas. Ganhou características próprias por conta da influência da cultura indígena e africana, transformando-se em manifestação popular, sobretudo na região Nordeste do Brasil, onde o sentido da festa e da celebração aos santos tem uma importância quase vital para a população.
Embora existam megaeventos que atraem milhões de visitantes (como as festas de Caruaru e Campina Grande), as festas juninas continuam com a sua simplicidade típica, repleta de significados, símbolos, crenças e costumes.
2 - Origem das festas juninas
Antes de se tornar uma festa em comemoração vinculada aos santos do catolicismo, as celebrações no mês de junho já eram realizadas muitos antes da era cristã. O solstício de verão no hemisfério norte ocorre em 21 ou 22 de junho, quando temos o dia mais comprido e a noite mais curta do ano. Os povos antigos, incluindo as civilizações gregas, egípcias e celtas, comemoravam essa passagem do calendário. Regadas com o calor do fogo e muita bebida e comida, eram celebrações à fertilidade e também para rogar aos seus deuses para que eles trouxessem fartura nas