fenomenologia eexistencialismo

Fenomenologia e Existencialismo

"É a ciência da experiência que faz a consciência".
A fenomenologia nos instiga a entender algumas questões sobre nós mesmos, nos mostra que tudo que pensamos representamos nas formas diferentes de se falar.
Foi com Husserl que a palavra ganhou, nas primeiras décadas do século XX, o significado de que hoje se reveste de estudo dos fenômenos em si mesmos, que visa à evidência primordial, e de denominação de um movimento que influiu de modo significativo no pensamento filosófico dessa época.
Edmund Husserl, formado em matemática e lógica, ele trabalhou com conceitos numéricos de acordo com o neokantismo, explicando as regras da lógica com os princípios do pensamento. Com isso, retirava o valor metafísico daquela, o caráter de algo para além do raciocínio humano e preconizava o chamado psicologismo, um reducionismo da psicologia. Adotou posturas críticas em relação à mesma, como se observa em sua obra "Investigações Lógicas”. A partir da análise de pensamentos como entidades psicológicas ideais (como a ideia de número, que não existe na percepção conforme sua essência) ou diretamente apreensíveis (observação empírica de um objeto), ele lançou os fundamentos da fenomenologia. Husserl acredita que o ponto de partida deve ser o retorno as mesmas coisas, propõe então que o impulso das investigações deveriam partir não da filosofia mas sim, das coisas e dos problemas. Fenomenologia é uma descrição daquilo que se mostra por si mesmo, de acordo com o "princípio dos princípios": toda intuição primordial é fonte legítima de conhecimento. Situam-se como anterior a toda crença e juízo e despreza todo e qualquer pressuposto: mundo natural, senso comum, proposição científica ou experiência psicológica. Franz Brentano, mentor de Husserl e aquele que lançou os preceitos primordiais para a proposição da fenomenologia por este, aceita essa objetividade do objeto para além da consciência.
Lecionou em Wurzburgo e na Universidade de Viena.