Fenol
Nome: Marcelo Romão dos Santos
Introdução:
Fenol é também conhecido como ácido carbólico. É utilizado na fabricação de anti-sépticos, desinfetantes, solventes e resinas para madeiras e plásticos. Excetuando as exposições ocupacionais, raramente o homem é exposto a concentrações de fenol no ambiente em níveis suficientes para causar efeitos adversos (1).
Toxicocinética
Por ser lipofílico, apresenta rápida absorção pulmonar, gastrintestinal e cutânea, mesmo através da pele intacta. Distribui-se por todos os tecidos, com concentrações mais altas no fígado. Sua meia-vida é de 1 a 5 horas.
Em trabalhos experimentais, 90% da dose absorvida de fenol é excretada dentro de um período de 24h. Cerca de 52% do fenol absorvido é eliminado inalterado na urina, sendo o restante excretado conjugado aos ácidos glicurônico e sulfúrico (2,3).
Considerações Clínicas
O fenol rompe as paredes celulares e desnatura proteínas. Exposição tópica ao fenol resulta em placas marrons e indolores na pele e placas claras nas mucosas. A ingestão resulta em queimaduras na mucosa gastrintestinal e pode manifestar-se com náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal, hematêmese e hematoquezia. A inalação pode levar à tosse, estridor laríngeo e edema agudo de pulmão. A exposição aguda é acompanhada de depressão do sistema nervoso central com convulsões ou coma, taquicardia, arritmias ventriculares, hipotensão, hipotermia, acidose metabólica e necrose tubular aguda (4).
No passado, exposição crônica foi associada a quadro de “marasmo” pelo fenol, sendo descrito disfagia, diarréia, lesões orofaríngeas, urina escura, anorexia, cefaléia, vertigem, salivação e dores musculares (4). Entretanto, dados atuais não sugerem efeitos cumulativos importantes na exposição crônica (3,6). O fenol não é classificado como carcinogênico (6,7).
Monitorização
A técnica mais utilizada para detecção do fenol é a cromatografia gasosa..