FELICIDADE
Dia Nacional da Visibilidade Trans
Brasília, 29 de janeiro de 2013
Gestão Tempo de Luta e Resistência
o
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direito àidentidade
s n a tr E
nfrentar a transfobia, ou seja, a violência praticada contra travestis, transexuais e transgêneros no Brasil permanece um desafio. Dados da
Fundação Perseu Abramo (2008) apontam que a população brasileira reconhece a existência de forte preconceito contra travestis
(93%) e transexuais (91%). Além disso, pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgada em seu Relatório Anual de Assassinatos a Homossexuais mostrou que, no Brasil, em
2011, foram documentados 266 assassinatos de lésbicas, gays, travestis e transexuais.
Segundo os dados, houve um aumento de
118% nos últimos seis anos. Os números, de acordo com o GGB, confirmam o Brasil na primeira posição do ranking mundial de assassinatos homofóbicos/lesbofóbicos/transfóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo o mundo.
Nos Estados Unidos, com
100 milhões a mais de habitantes, foram registrados nove assassinatos de travestis em 2011, contra 98 no Brasil no mesmo ano. O Relatório Anual do GGB de
2012 ainda não foi publicado, mas, segundo matéria do jornal Correio
Braziliense (2/12/12), até o dia 30 de dezembro, pelo menos 290 lésbicas, gays, travestis e transexuais foram assassinados/ as, de acordo com dados do GGB. Mais do que em 2011. Entre os mortos de 2012,
130 eram travestis ou transexuais. O levantamento é realizado com base em notícias que circulam na internet e/ou publicadas em jornais de grande circulação.
Efetivamente, não traduz a totalidade de
casos que são, na verdade, subnotificados.
Merecem destaque os requintes de crueldade que marcam os assassinatos. Em geral, além da arma de fogo, muitas vítimas têm suas vidas interditadas por meio de faca, foice, machado. Há casos de espancamento, enforcamento, degolamento, tortura e carbonização.
Estes são os chamados “crimes