felicidade

Nos dias atuais a relevância da teologia da cruz para a igreja brasileira se torna enorme quando analisamos as atitudes antropocêntricas do ser humano. O lema do mundo hoje é a busca incessante e incondicional pela felicidade, ou seja, a qualquer custo o homem tem o direito de ser feliz, mesmo sem saber ao certo o que é a verdadeira felicidade. Hoje em dia o hedonismo tem ditado as regras para se viver uma vida “saudável”, seja através da sexualidade, das religiões, do relativismo, das tendências que impulsionam o sistema mundo funcionar. Nesse contexto a igreja começa a ser influenciada, sem perceber, por costumes e doutrinas desse século fazendo da cruz um símbolo falido, ou melhor, se esquece de que a cruz tem que ser, não apenas lembrada, mas vivida todos os dias. A teologia da cruz nos traz a clareza sobre o amor e o perdão. Cristo e a cruz por si só se explicam, é ser o que Deus nos chamou a ser, sacrificar nossos desejos priorizando o de Cristo, ter a graça e o perdão maravilhoso que Deus todos os dias escolhe nos dar. Porém, a igreja hoje tem se vendido e trocado o que era para ser de seu interesse por eventos supérfluos, prédios grandes para numerosas pessoas, luxo em suas festas e em seus edifícios, ou seja, tem sido o que as pessoas querem que seja não cumprindo assim o objetivo de ser Igreja. O subjetivismo, por exemplo, é encontrado com a maior facilidade dentro de uma igreja, afinal para ter cadeiras preenchidas é preciso aceitar a mesma regra, de maneira não muito agressiva, da sociedade em que vivemos. No Brasil a mistura de raças e o misticismo são concentrados de tal forma ao ponto de sempre trazer uma pitada dessa mistura dentro das igrejas que estão com o seu foco disperso da cruz. Enfim, hoje os que mais precisam novamente do entendimento e a paixão pela cruz, antes mesmo do neófito ou do ímpio, é a igreja que barganha seus princípios em troca de poder e prazeres carnais oferecidos pelo sistema que sem perceber, faz parte.