Felicidade
Procurando ampliar um pouco mais o meu conceito de felicidade, senti que ele encerra um conteúdo bem mais amplo do que os conceitos comuns. É algo que a vida nos concede através de pequenas porções de bem. Ela tem o poder de tornar a vida mais leve, mais cheia de esperanças. Entretanto, é necessário termos consciência da sua verdadeira essência, para que possamos transformá-la numa realidade em nossa vida.
Apesar de ser uma condição natural da vida humana, ela não é gratuita nem pode ser encontrada nas coisas externas ou puramente materiais, mas dentro de nós mesmos, à medida que a vamos criando, o que contribui para contrabalançar os momentos difíceis da nossa vida.
A recordação constante de tudo de bom que já vivemos e dos momentos felizes da nossa vida ajuda-nos a preservá-la, internamente, ao integrá-la na consciência.
Existe uma tendência generalizada nos seres humanos em considerá-la como algo distante e difícil de ser alcançado. Na realidade, não é bem assim. Isto me faz recordar uns versos de Graciette Salmon:
"Felicidade!... Quase sempre a temos
Perto de nós, bem junto ao coração.
Mas, crendo ao longe vê-la, nos perdemos
Nos incertos caminhos da ilusão".
Muitas vezes, deixamos de valorizar os momentos felizes e de agradecer a Deus - fonte suprema de todos os bens - as oportunidades que Ele nos concede de várias formas, para que possamos tornar a vida mais leve e agradável.
Por exemplo: quando sentimos, pela manhã, a alegria de um despertar tranquilo e um repouso reparador, à noite, quando dormimos. De igual modo, a sentimos em tudo que realizamos de boa vontade, assim como nos pensamentos elevados que damos guarida em nossa mente. Essas sensações são demonstrações da participação da nossa consciência e da nossa sensibilidade que nos permitem suavizar as agruras da vida.
Existem momentos em nossa existência que encerram uma beleza, uma alegria, uma emoção. É importante estarmos atentos a essas sensações para que não