Felicidade interna bruta: um estudo na cidade de lavras – mg

7927 palavras 32 páginas
Resumo: Este estudo tem por objetivo aplicar o índice de Felicidade Interna Bruta na cidade de Lavras-MG e avaliar se aspectos como sexo, idade, escolaridade e localização geográfica podem implicar em diferentes níveis de felicidade dos indivíduos. Para tanto, optou-se por uma abordagem qualitativa descritiva, cujo método de análise utilizado foi o da variância de acordo com as médias das respostas. Os resultados obtidos revelaram que as pessoas residentes nesta cidade apresentam níveis distintos de felicidade, de acordo com o seu sexo, idade, escolaridade e região que residem.

1. INTRODUÇÃO

O ser humano, com seu desejo de descobrir o novo e medir tudo o que está ao eu redor, cria e recria com o passar do tempo ideias e práticas. Em meados de 1947, por exemplo, o surgimento do Produto Interno Bruto (PIB) disseminou mundialmente o uso de indicadores econômicos para medir o progresso de um país. Já a partir da década de 60, ascende nos Estados Unidos uma nova ideologia, que buscava deslocar o foco de aspectos meramente econômico para contemplar parâmetros que pudessem aferir o bem estar da população, nasciam os “indicadores sociais”.
Neste contexto, surge na década de 1970 um novo indicador sistêmico, desenvolvido no reino Butão – um pequeno país localizado na Ásia – com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB). O FIB procura medir o progresso da sociedade a partir das dimensões: padrão de vida, educação, saúde, governança, cultura, vitalidade comunitária, resiliência ecológica, uso equilibrado do tempo e bem-estar psicológico. Destarte, este apontador vem se desenvolvendo e sua aplicação tomando proporções mundiais.
No Brasil, já se pode observar as primeiras iniciativas para implantação deste medidor de desenvolvimento por parte da equipe Instituto Visão Futuro, liderada pela monja hinduísta Susan Andrews. Susan já desenvolveu uma versão brasileira do

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