FEG Fibro Edema Geloide "Celulite"
Fibro edema gelóide pode ser conceituado como uma patologia multifatorial que ocorre no tecido conectivo subcutâneo resultando na degeneração do tecido adiposo.
Estudos recentes demonstram que a patologia é uma disfunção do tecido primário, hiperpolimerização anormal do tecido conjuntivo e alterações microcirculatórias. Histologicamente falando, o fibro edema gelóide é uma infiltração edematosa do tecido, sem inflamação, seguido de uma polimerização da substância fundamental. Dessa polimerização irá haver uma infiltração nas tramas produzindo uma reação fibrótica consecutiva. Clinicamente, as alterações traduzem-se em retratação irregular da pele, gerando um aspecto depressivo.
Sua incidência é predominantemente feminina, e apesar de ser considerada uma doença apenas de problemas estéticos em graus evolutivos avançados, podem surgir sinais e sintomas além do comprometimento estético.
Classificação Clínico-evolutiva
Grau 0: FEG assintomática, apenas alterações histopatológicas iniciais;
Grau 1: irregularidade no relevo cutâneo não visível ao repouso, apenas pela compressão ou contração muscular;
Grau 2: alterações de relevo visíveis mesmo ao repouso;
Grau 3: grau 2, acrescido de nódulos e aderências aos planos profundos.
Fatores Predisponentes, desencadeantes e agravantes
Hormônios: evidências indicam ser o estrogênio o grande responsável pela disfunção inicial, o que explica a maior incidência do FEG no sexo feminino. O hiporestrogenismo tem sido considerado o seu principal fator etiológico;
Sedentarismo: a flacidez muscular e dos tendões prejudica o retorno venoso, o que favorece a estase e edema, levando a ativação da lipogênese. Atua também realçando a alteração do relevo cutâneo;
Dieta: excesso de açúcares e gordura levam à hiperinsulinemia e lipogênese, o sal contribui para a retenção hídrica, falta de proteínas favorecem a desestruturação do tecido conjuntivo, a baixa ingestão de água e fibras dificulta o funcionamento