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O Brasil há muitos anos vem alterando o código penal da lei seca, com a preocupação do alto índice de morte e acidente freqüentemente no transito,assim a ultima alteração, ‘’a nova lei seca’’ que vale desde o dia 20 de junho e coloca na cadeia quem decidir beber e dirigir. Nesses tempos de vigência, houve tempo suficiente para que a medida pudesse decantar. Ainda assim, há tempos uma legislação não era tão comentada e tão criticada. O argumento? O governo teria exagerado na dose. Dizem os críticos da lei que até velhinhas inocentes serão presas depois de comerem um bombom de licor. Jovens casais não poderão mais dividir uma garrafa de vinho. E executivos estressados perderão o direito ao sagrado happy-hour. Nisso tudo, há mitos e verdades. Chocolates com licor não levarão ninguém à cadeia. Três taças de vinho, talvez. A questão, no entanto, é outra. De que maneira uma lei pode vingar num país tão avesso a regras e ainda situado a meio caminho entre a selva e a civilização? Sendo branda, jamais. Com algum radicalismo, há uma chance. Afinal, o Brasil é um universo à parte onde o próprio presidente da República admite o crime de caixa 2, dizendo que só fez o que os outros sempre fizeram, e a oposição se cala diante da evidência de que ele tem toda razão. Em maior ou menor grau, com maior ou menor teor alcoólico no sangue, somos todos delinquentes. A lógica que vale para a política é a mesma que se aplica à vida cotidiana. Um traço marcante do brasileiro é a auto-indulgência diante de qualquer desvio de conduta. Sonegou? "Mas os impostos são altos demais." Escondeu dinheiro na Suíça? "É preciso proteger o patrimônio." Bebeu e saiu por aí dirigindo? "Bom, mas todo mundo faz isso." No entanto, esse discurso muda radicalmente quando se passa da condição de infrator à de vítima. Só assim o individualismo dá lugar à consciência coletiva, pois, na nossa visão de mundo, crime se define como aquilo que os outros cometem. Goste-se ou não, é esse o caráter nacional.