farmacologia
Introdução
CONCEITO:
Conjunto de fenômenos bioquímicos, morfológicos e fisiológicos, sucessivos, ativos e complexos, pelos quais se exterioriza a reação vascular e tissular dos tecidos vivos a qualquer agressão. Outros adjetivos cabíveis: local, inespecífica e mesenquimal.
SINONÍMIA:
Flogose
ETIMOLOGIA: lt. "inflammatio" = incêndio gr. "phlogosis" = ["phlox" = fogo + "osis" = estado de...]
NOMENCLATURA:
Termo designativo do local (órgão, tecido, ou cavidade) afetado, acrescido do sufixo ITE.
A adjetivação deverá ser feita conforme o tipo do processo [ ver classificação].
HISTÓRICO:
A idéia de se comparar uma lesão cutânea avermelhada, quente, inchada e dolorida
("ardida") com algo em chamas é muito antiga e talvez decorra dos primeiros contatos do homem das cavernas com o fogo. Já nos escritos cuneiformes da antiga mesopotâmia os termos
"Ummu" [em fogo, inflamado] e "Napahu" [soprar, aliviar área inflamada] se inseriam nesse contexto. Nos hieróglifos do antigo Egito (2.000 a.C.) apareciam termos como "Seref" [quente, inflamado] e "napahu" [pus].
CELSUS
Na Grécia antiga já eram comuns os termos "Phlegmoné"
[inflamado], "erisipela" [inflamação cutânea] e "oidema" [inchação].
Na antiga Roma, por volta de 30 A.D., Cornelius Celsus descreve os 4 sinais cardeais da inflamação ["Signa inflammationis quatror sunt: Rubor et tumor, cum calor et dolor"], redescobertos em
1443 pelo Papa Nicolas V.
John Hunter, um cirurgião escocês, afirmou em 1793 que a inflamação não deveria ser encarada como uma doença, mas sim como uma reação inespecífica e benéfica do organismo às agressões.
Rudolph Virchow, autor do livro "Patologia Celular" (em
1858), onde batiza a maior parte da nomenclatura histopatológica ainda hoje utilizada e também o famoso 5o sinal cardeal da inflamação -"Functio laesa", atribuído por muito tempo à Galeno
(130-200 A.D.)[ Leo Rather, 1971 - "Disturbance of function - Functio
laesa: