Farmacognosia
PERCEPÇÃO DE SAÚDE E DOENÇA
O que é saúde? E o que é doença? A resposta a essa pergunta depende do conhecimento disponível, ou seja, aquilo que sabemos. Esse conhecimento varia com o momento histórico que se vive: valores morais, religiosos, políticos e culturais. De maneira bem simplista, existem duas formas de compreender o que é saúde e doença: através da visão não racional mágico-religiosa e da visão racional científica.
No pensamento (ou visão) mágico-religioso, o processo saúde-doença é visto como decorrência da vontade divina. Nessa visão, o funcionamento do corpo reside no sobrenatural e a doença é externa à saúde. A ideia é que atos mágicos e maldições podem desencadear doenças. Esse pensamento perdeu força na Grécia
Antiga mas voltou na Europa Medieval, quando se observou a prevalência das crenças religiosas. A concepção mágico-religiosa para a saúde e a doença pode ser percebida até os dias de hoje.
O pensamento racional busca as explicações para saúde e doença por meio da razão. Na Grécia Antiga surge o Racionalismo Grego, quando abandona-se as explicações sobrenaturais e adota-se o pensamento racional.
Nesse contexto, temos como exemplos os filósofos gregos, inclusive Hipócrates, o pai da medicina.
MECANICISMO E CARTESIANISMO
Durante a Idade Média, na Europa Medieval havia a dominância do Cristianismo. Com a presença da Igreja
Católica houve o fortalecimento da visão mágico-religiosa da doença sobre a racionalidade grega. No fim do século XIV começou a transição entre a Idade Média e o Renascimento; nesse contexto sai o Teocentrismo
(Cristianismo) e ganha força a visão humanista e naturalista. Assim, ocorre o retorno ao pensamento racional, com foco nas necessidades humanas e racionais.
A partir do movimento Renascentista foi possível a ocorrência da Revolução Científica, quando surgem vários cientistas de destaque, como Galileu, Newton, e também René Descartes. René Descartes foi um filósofo,