Família adictiva e a abordagem sistêmica
Gabriela Moreira Ramos de Souza
RESUMO
Muitos fatores apoiam e sustentam a dependência química na nossa sociedade atual, tornando-a cada vez mais presente. Estudos iniciais sobre a dependência tinham como foco somente o dependente. Com o passar do tempo, seus familiares começaram a ser, também, objeto de estudo. Este trabalho não tem como objetivo analizar o porquê das pessoas passarem a utilizar alguma substância e se tornarem adictas, mas sim em como o ambiente familiar é alterado e sustenta a adicção.
Palavras-chave: adicção, família, dependente, teoria sistêmica.
Introdução
Em nossa sociedade, o processo da industrialização e urbanização promoveram rápidas mudanças na vida social, interferindo, inclusive, no modo de organização familiar. A família, que antes era considerada uma estrutura rígida, passa a adquirir um caráter dinâmico. O modelo de organização nuclear tradicional, composta por pai, mãe e filhos vivendo sob o mesmo tempo, sofreu transformações devido a diversos fatores, como: a inserção da mulher no mercado de trabalho, o pai deixando de ser somente provedor para assumir outros papéis, o crescimento da quantidade de sepações conjugais, as uniões sem serem formalizadas, entre outros. Com isso, a família brasileira presente na atualidade não possui mais um modelo único e universal.
Nessa atual sociedade, o consumismo já encontra-se enraizado no nosso dia-a-dia, de modo de que, para nos tornarmos felizes, precisamos de bens materiais. Junto com essa ideia, está a ideia de que, os sentimentos como frustração, tristeza, angústia, ansiedade, entre outros, podem ser aliviados rapidamente pelo consumo de substâncias psicoativas, ou pelo ato de comprar bens que fazem feliz, etc. Logo, a droga possibilida a superação rápida das dificuldades.
A droga sempre esteve presente na nossa sociedade, o que diferencia é o uso que se faz dela ao longo do tempo. Hoje