Familia e sociedade
Segundo Neder (1996), os assistentes sociais são os únicos profissionais têm a família como objeto privilegiado de intervenção durante toda sua trajetória histórica; Porém, apesar de sua longa tradição no trato com famílias a ação dos assistentes sociais continua sendo considerada muito aquém das exigências que lhes estão sendo colocadas.
No intuito de contribuir para a discussão das ações profissionais dos assistentes sociais com famílias, é que nasceu a idéia de uma pesquisa sobre o tema e, de seus resultados iniciais, concluiu-se que: as ações dos mesmos, de maneira geral, estão marcadas: * pela ausência de discriminação quanto à natureza das ações direcionadas ao atendimento das famílias, em muitos serviços. * pela utilização de categorias de análise sem o devido conhecimento ou discernimento quanto às matrizes teóricas às quais estão vinculadas. * pela articulação explícita entre referências teóricas e ação profissional que aparece quando o assistente social tem uma formação específica na área da família, que, geralmente, se faz através de outras áreas. * pelos processos de intervenção com famílias que são pensados apenas no âmbito do atendimento direto. A permanência de características como estas indicam que as ações são movidas por lógicas muito mais arcaicas e enraizadas culturalmente, tanto no seu universo afetivo como institucional, do que pela lógica da racionalidade dada pelo arcabouço teórico-metodológico da profissão pós-reconceituação. Gentilli (1998), ao analisar a questão da identidade e do processo de trabalho no Serviço Social, afirma que, no discurso dos assistentes sociais, existe uma indiscriminação generalizada dos instrumentos, metodologias e atividades profissionais.
Como assinala Vasconcelos (2000), o Serviço Social