Familia do paciente -Sobre a morte e o morrer

IX A família do paciente A família sente grande abalo na perda de um parente próximo, principalmente quando se trata de uma mãe ou pai de família, pois os papéis exercidos por cada um destes difere dentro do ambiente familiar, a mulher, por exemplo quando se vê sozinha, na maioria das vezes, é dependente do homem, e por este motivo na dificuldade torna-se complicado administrar as mesmas tarefas exercidas pelo marido, há casos ainda agravantes quando o marido tem maior interação no ambiente familiar, cuidando de filhos e tarefas domésticas que geralmente são administradas pela mulher que cuida do lar. A família deve permanecer equilibrada ainda que tenha um parente na situação de fase terminal, é necessário que as pessoas que compõem a família continuem vivendo a sua vida em paralelo a situação em questão, pois desta forma estarão melhor estruturadas quando se depararem com a situação de perda. A presença dos familiares durante o período de internação do paciente em fase terminal também deve receber a devida atenção, pois tanto o paciente quanto o familiar podem estar precisando de ajuda. Quando um familiar passa a dedicar todo o seu tempo em função do parente que esta morrendo, sem nenhuma comunicação é necessário alguma intervenção, para compreender tanto os motivos que levam o parente a aceitar esta posição tanto quanto o que isto traz como consequência ao paciente. Outra questão a ser discutida é a situação de pacientes classificados em “estado vegetativo”, por mais que o paciente não dê sinais de compreensão do que está se passando ao redor, este não deve ser tratado com uma pessoa ausente da realidade, pois pode estar em plena ciência do que se passa ao seu redor. É necessário que o paciente possa ter ciência da gravidade de sua doença e que compartilhe isto com a família, para que haja uma preparação mútua da situação de perda que está por vir, pois desta forma será mais confortável para o paciente e para a família aceitar tal situação, podendo haver tempo