Fahrenheit
Por Paula Perin dos Santos
O mundo parou quando a mídia divulgava, em tempo real, as chamas das torres do World Trade Center. Papéis e fumaça aos ares e, no solo, o pranto e desespero das pessoas que contemplavam a tragédia.
A partir daí, nos meios de comunicação de massa fervilhavam manchetes, cada qual tentando prender mais seus telespectadores. Muitos desses acreditavam em tudo o que ouviam: as especulações sobre os autores do atentado, as justificativas para tal ato. Na verdade, o mundo precisava de uma explicação, já que a considerada maior potência mundial, equipada de um grande arsenal bélico e inteligência militar, fora vítima de um “atentado terrorista” usando jatos comerciais.
Michael Moore, jornalista e repórter americano, sentiu a necessidade de investigar o fato, já que havia muita obscuridade nas declarações do presidente George W. Bush. De posse de provas, documentos e depoimentos e raciocínio lógico, produziu o documentário “Fahrenheit 11 de setembro”, apresentando uma visão diacrônica que prova o envolvimento do presidente dos EUA em relações comerciais com os Bin Laden e, vai mais além, explicando que a “guerra contra o terror” era apenas uma manobra publicitária para expandir seus negócios na área de armamentos e utensílios de uso militar.
O documentarista deixa claro que é a favor do retorno dos democratas ao poder, já que Bush é republicano e, em dois mandatos, nada fez para melhorar a situação econômica do povo americano nas regiões onde predomina o desemprego. Ao invés disso, segundo ele, manipulou o sonho dos jovens dessas regiões empregando-os, literalmente, para uma guerra que só representava o interesse de Bush em eliminar o “inimigo” de seu pai e explorar o petróleo do Iraque.
Tirando os exageros de caráter político e algumas cenas sensacionalistas, Michael Moore apresenta uma boa explicação para o episódio que ainda hoje constitui fato contemporâneo, uma vez que o governo americano insiste em manter suas