Fahrenheit 9/11 RI
Ao abordarmos o processo de securitização, se faz necessário ressaltar a hegemonia americana, tanto no âmbito econômico quanto no político. É perceptível o interesse americano no processo de securitização do terrorismo, diante a afirmação do presidente Bush de que o 11/09 não poderia ser visto “como um fato isolado” e que este evento marcava o inicio de uma “nova era” de luta contra o terror, fica clara a importância dos EUA como potência mundial, uma vez que o atentado não poderia ser visto como uma ameaça apenas ao país, e sim uma ameaça à democracia e à liberdade, sendo que os EUA se colocam como representante da democracia e da liberdade. Logo, foi transmitida a ideia de que ocorrido afetou não somente os EUA, mas todos os países nos quais a democracia vigora. É também, notório, o uso do discurso como aparato para a concretização das intenções do governo estadunidense.
Baseando-nos no texto lido e no documentário visto para a realização desta atividade, ainda que por vezes tendenciosos, é possível perceber as motivações políticas e econômicas envolvidas neste processo de securitização. O ataque ao World Trade Center, foi de responsabilidade da Al-Qeda, porém o presidente não culpou e nem declarou guerra ao Bin Laden, o líder do grupo terrorista, pois havia relações comerciais entre a família Bush e a família Bin Laden, porém, a maior motivação foi a possibilidade dos EUA se apossarem do petróleo iraquiano e, segundo o documentário, o ataque ao Iraque já era algo desejado pelo governo americano muito antes do 11/09.
A securitização é um “ato de fala” (Buzan,1998) e esta se dá através do discurso que precisa ser legitimado, ou seja, a população precisa “considerar legítima a demanda do agente securitizador” (Duque, Marina, 2008). Os EUA fizeram isto através da “eternização”