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O plutônio, assim chamado em homenagem a Plutão, o deus grego do inferno, é de longe o mais letal de todos os produtos do lixo atômico. Menos de um milionésimo de grama — uma dose invisível — é cancerígeno. Cerca de 500 gramas, se uniformemente distribuídos, poderiam induzir potencialmente o câncer pulmonar em todas as pessoas do nosso planeta. Diante desses fatos, é verdadeiramente aterrador sabermos que cada reator comercial produz de 200 a 250 quilos de plutônio por ano. Além disso, toneladas de plutônio são rotineiramente transportadas pelas rodovias e ferrovias norte-americanas e transitam por aeroportos.
Uma vez criado, o plutônio deve ser isolado do meio ambiente virtualmente para sempre, dado que até quantidades ínfimas o contaminariam por tempo ilimitado. É importante saber que o plutônio não se dissipa com a morte de um organismo contaminado. Por exemplo, um animal contaminado morto pode ser comido por um outro animal ou apodrecer, e seus ossos, pulverizados, serem espalhados pelo vento. Mas o plutônio permanecerá no meio ambiente e continuará sua ação letal, de organismo para organismo, durante meio milhão de anos.
Como não existe uma tecnologia cem por cento segura, um pouco de plutônio
escapa