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No quarto ensaio de “Totem e Tabu”, Freud desenvolverá ateoria de que o Complexo de Édipo é o que sustenta o sistema totêmico. A figura do animal totêmico - do qual todo clã acredita descender - que é assassinado e devorado pelos membros do clã representa amorte do pai pelos filhos (já que os membros do clã são como irmãos), devido ao Complexo de Édipo.
A ambivalência de sentimentos também se revela nesse ritual. O pai é um obstáculo para apossessão da mãe, ao mesmo tempo é também figura de admiração e poder. Ao se romper com o Tabu e matar o “pai”, os filhos se identificam com o poder representado pelo pai (poder do falo). Esse poder vaioriginar também rivalidade, pois os filhos (o clã) vão querer disputar o poder de ter todas as mulheres. Dessa rivalidade surge a necessidade de se criar o Tabu do incesto, que proíbe o amor à mãe eassim também acaba por impedir a violação do Totem.
Não existiriam proibições se não existisse o desejo de fazer a coisa proibida. Após violar o Totem vem o sentimento de culpa, que torna a figurado pai e o sistema totêmico mais forte do que era antes. Assim, o Tabu em torno do Totem se fortalece ainda mais e assim também se fortalece o desejo de transgressão.
Freud vai dizer que osdois Tabus do Totemismo se originam do Complexo de Édipo: não matar o totem (não odiar/matar o pai) e não ter relações incestuosas (com a mãe). Assim, Freud vai concluir que o desejo identificado na vidainfantil é o mesmo identificado na vida do homem primitivo, apontado para uma essencialidade e universalidade do Complexo de