Faculdade
XIX por críticos do método proposto por Mill (1836) para a economia política. O que incomodava aos seus críticos era a passagem em que sugeria que “a economia política não deveria tratar o conjunto da natureza humana como modificada pelo ambiente social, nem do comportamento completo do homem em sociedade. Sua preocupação com ele deveria se restringir a tratá-lo como aquele que deseja possuir riqueza e possui a capacidade de julgar a eficácia relativa dos meios para obter aquele fim”.
Interessante verificar que mesmo autores assumidamente heterodoxos assumiam que “a economia é o estudo não do homem em geral, mas do homem econômico”. É uma noção abstrata e unidimensional do homem, segundo a qual o homem seria motivado exclusivamente por razões econômicas, preocupando-se em termos imediatos em obter o máximo de lucro com o mínimo de sacrifício. O homem econômico agiria racionalmente com o objetivo de maximizar sua riqueza, introduzindo novos métodos para enfrentar a concorrência no mercado. Ele é hedonista, isto é, partidário da doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida