Exploração da opala e argila no Piauí
A Exploração da Opala no Piauí
O mineralóide Opala é sílica amorfa hidratada, o percentual de água pode chegar a 20%. Por ser amorfo, ele não tem formato de cristal, ocorrendo em veios irregulares, massas, e nódulos.
A opala pode ser branca, incolor, azul-leitosa, cinza, vermelha, amarela, verde, marrom e preta. Frequentemente muitas dessas cores podem ser vistas simultaneamente, em decorrência de interferência e difração da luz que passa por aberturas regularmente arranjadas dentro do microestructura do opala, fenômeno conhecido como jogo de cores ou difração de Bragg. A estrutura da opala é formada por esferas de cristobalita ou de sílica amorfa, regularmente dispostas, entre as quais há água, ar ou geis de sílica. Quando as esferas têm o mesmo tamanho e um diâmetro semelhante ao comprimento de onda das radiações da luz visível, ocorre difração da luz e surge o jogo de cores da opala nobre. Se as esferas variam de tamanho, não há difração e tem-se a opala comum.
Onde é explorado o minério?
As principais jazidas de opala brasileiras localizam-se em Pedro II e Buriti dos Montes, que está situado na região semiárida no noroeste do estado do Piauí, a 200 km de Teresina (MILANEZ; PUPPIM, 2009). Com clima seco e temperaturas amenas devido à altitude, o município contava, em 2000, com 36,2 mil habitantes, dos quais mais de 42% moravam na área rural. Três quartos da população viviam com metade de um salário mínimo. A economia é tradicionalmente vinculada à agricultura e à pecuária, que, no entanto, são atividades vulneráveis, devido ao clima semiárido. Os recursos de água subterrânea são limitados, e as chuvas, inconstantes (OLIVEIRA; CARDOSO, 1979 apud MILANEZ; PUPPIM, 2009). Os principais rios da região (Matos, Correntes, Parafuso e Capivara) são intermitentes e fazem parte das bacias dos rios Poti e Longa.
São cerca de 30 minas, entre ativas e inativas, e a maior e