Explicar como se dá a homeostase utilizando explicando as forças de Starling
As FORÇAS DE STARLING são as responsáveis pelo movimento de fluido entre os compartimentos. Entre as forças de Starling estão:
Pressão hidrostática: força exercida pelos líquidos que tende a expulsar o líquido de seu compartimento.
Pressão oncótica: é uma força que atrai água para o compartimento. Ambas as pressões existem nos dois compartimentos: intravascular e intersticial. A resultante entre elas é que determina se o líquido irá entrar ou sair de cada compartimento.
ALTERAÇÃO DAS FORÇAS DE STARLING = FORMAÇÃO DO EDEMA
O desequilíbrio entre as forças de Starling é o mecanismo que desencadeia a formação de todo o tipo de edema. Esse desequilíbrio pode ser devido:
1. Aumento da pressão hidrostática no interior do capilar: determina uma maior saída de fluido do capilar para o interstício. A partir do momento em que a capacidade de os vasos linfáticos de retornar o líquido em excesso para a circulação sanguínea é ultrapassada, teremos o desenvolvimento de edema.
2. Aumento da pressão oncótica intersticial: se a pressão oncótica intersticial aumentar haverá uma maior atração de água para o interstício – maior ultrafiltração. Se o acúmulo de ultrafiltrado ultrapassar a capacidade de drenagem dos capilares linfáticos, teremos, também, o desenvolvimento de edema.
3) Diminuição da pressão oncótica: diminuição da viscosidade sanguínea dada principalmente pela concentração de proteínas no sangue. Enquanto o aumento da pressão dentro das veias favorece o extravasamento de líquidos, a pressão oncótica faz o trabalho inverso. (ex. cirrose e doenças hepáticas, síndrome nefrótica).
4) Linfedema: De origem linfática, ocorre por obstrução dos vasos linfáticos. (ex. Elefantíase, obesidade, câncer).
Qualquer tipo de edema, em qualquer localização, diminui a velocidade de circulação do sangue e, por esse meio mecânico (pressão), prejudica a nutrição e a eficiência dos tecidos.