Expansão das fronteiras nas Américas e emergência do ambientalismo a partir da época do descobrimento aos dias atuais. Cenários atuais e perspectivas futuras.
Esse ensaio tem como objetivo desenvolver uma análise crítica baseada na historiografia entre as formas de colonização e o avanço das fronteiras em países da América, assim como integrar essa análise a uma reflexão sobre o surgimento do movimento conservacionista e preservacionista nesses países e no mundo, tendo como foco as diversas linhas de pensamento do movimento ambientalista e a criação das unidades de conservação. Apesar de serem analisados diversos países, o foco será majoritariamente o Brasil e os Estados Unidos, com algumas eventuais incursões analíticas no modelo canadense e de outros países. Também serão tratados temas atuais, sempre dentro da perspectiva política e ambiental atual, e serão feitas considerações sobre a crise ambiental demográfica e de biodiversidade. Serão também apresentados modelos alternativos futuros. Sendo assim, por uma questão metodológica, a primeira parte tratará da análise comparativa das fronteiras, a segunda parte do nascimento, emergência e evolução do movimento ambientalista e sobre as unidades de conservação e seus modelos e gestão (aqui o foco será apenas o Brasil e Estados Unidos), e a terceira parte irá discorrer sobre a crise ambiental contemporânea, sendo apresentados a título de ilustração alguns modelos políticos hipotéticos que abarcariam uma nova ética ambiental.
Parte 1 – As fronteiras
Iniciaremos estudando o avanço das fronteiras na América, sobretudo como substrato conceitual e histórico para uma posterior análise do surgimento do movimento de preocupação com a proteção da natureza. O foco será a fronteira do oeste americano e a colonização do interior do Brasil, sendo apontados em alguns momentos outros países da América, como o Canadá.
Ao se analisar a fronteira dos Estados Unidos, um traço fundamental é que a colonização nesse país é em